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Estudo revela a relação entre doença renal crônica e disfunção erétil

Você sabia que a disfunção erétil é comum em homens com doença renal crônica? 

A relação entre doença renal crônica (DRC) e disfunção erétil (DE) é um tema de crescente preocupação na comunidade médica. Um estudo recente realizado na Amazônia brasileira revelou que 66,3% dos homens com DRC sofrem de DE. Curiosamente, 75% desses homens classificam sua vida sexual como regular ou excelente, apontando uma desconexão entre a condição clínica e a percepção subjetiva da qualidade de vida sexual. Este artigo explora os fatores de risco, as implicações da DE em pacientes com DRC e a importância de integrar a saúde sexual ao tratamento.

Fatores de risco associados

Diversos fatores contribuem para a alta prevalência de DE em homens com DRC. Entre os principais estão:

Idade Avançada: O envelhecimento é um fator de risco estabelecido tanto para DRC quanto para DE.
Baixa Renda: A limitação econômica pode dificultar o acesso a tratamentos e ao cuidado adequado da saúde.
Comorbidades: Condições como diabetes e hipertensão frequentemente coexistem com a DRC e agravam os sintomas de DE.

A gravidade da disfunção erétil em diferentes estágios da DRC

A gravidade da DE aumenta proporcionalmente ao comprometimento renal. Estudos indicam que até 80% dos indivíduos em diálise sofrem de DE, com fatores como estresse oxidativo, alterações hormonais e disfunção endotelial desempenhando papéis críticos. A DE não afeta apenas a qualidade de vida, mas também pode ser um marcador de pior prognóstico para a DRC.

Impacto na qualidade de vida

A saúde sexual é parte integrante do bem-estar físico, emocional e social. Apesar da alta prevalência de DE, muitos homens com DRC evitam discutir problemas sexuais com seus médicos, devido a tabus ou falta de informação. No entanto, abordar essa questão pode trazer benefícios significativos, como:

Melhoria da autoimagem e confiança.
Redução dos níveis de estresse e ansiedade.
Fortalecimento dos vínculos conjugais e familiares.


Abordagem multidisciplinar no tratamento

Para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, é essencial adotar uma abordagem integrada que inclua:

Conscientização e Educação: Campanhas para sensibilizar pacientes e profissionais de saúde sobre a DE e sua relação com a DRC.
Avaliação Regular: Incorporar a avaliação da saúde sexual nas consultas de rotina.
Tratamentos Personalizados: Uso de terapias farmacológicas, psicológicas e suporte nutricional.

Cuide-se!

Os dados recentes destacam a necessidade de uma gestão mais ampla e holística da DRC, com a saúde sexual ocupando um lugar central no cuidado. Encorajar homens com DRC a discutir abertamente suas preocupações sexuais é um passo essencial para melhorar sua qualidade de vida. Profissionais de saúde devem estar preparados para oferecer apoio e soluções personalizadas, contribuindo para um tratamento mais eficaz e humanizado.